O primeiro dia de palestras do evento Stonewall 40 + o que no Brasil?, realizado na Saladearte Cinema do Museu, entre 15 e 17 de setembro , em Salvador, os ânimos se exaltaram já na primeira mesa, que aconteceu às 16h.
Convidado para debater sobre a trajetória do movimento LGBT, o fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, que criticou quem defende a teoria queer, em especial a teórica Judith Butler, que aponta os limites das políticas identitárias. Segundo Mott, Butler mandou jogar as identidades no lixo, “Butler nunca disse, essa é uma leitura equivocada”, disse Regina Facchini, uma das integrantes da mesa.
Na segunda mesa, às 19h, Mott ficou na platéia e ao ver Fernando Seffner (UFRGS) criticar a prioridade do movimento em querer ter apenas os mesmos direitos dos heterossexuais, Mott pediu a palavra e disse: “Temos que ter o direito de casar, nem que seja para depois lutar pelo direito do divórcio”.
Seffner rebateu: “Se buscamos casar já com o pensamento de divorciar, melhor pensar antes ou não ter. Não sou contra a luta pelos direitos, mas vejam como essa luta é normalizadora, como nelas só cabem as bichas ditas “bem comportadas””, argumentou.
Mott se exaltou e no fim da palestra gritou dizendo que os palestrantes estavam sendo preconceituosos e racistas e que os heterossexuais seriam desqualificados para tratar do assunto. Enquanto gritava, a maioria da platéia começou a vaiar o decano do movimento LGBT brasileiro.
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